Twitter criou ‘lista negra’ de conservadores para diminuir alcance
Twitter criou ‘lista negra’ de conservadores para diminuir alcance

Documentos internos do Twitter, franqueados a jornalistas pelo dono da plataforma, Elon Musk, evidenciam que a empresa criou uma lista negra com nomes de perfis conservadores para que toleravam o alcance diminuído ou “sumissem” da plataforma. Os documentos foram divulgados na noite de quinta-feira 8, no perfil de Bari Weiss, do site A Imprensa Livreque publicou uma série de tuítes com as revelações.

Bari Weiss publicou 30 tuítes, alguns com imprimir de perfis ou de procedimentos internos da plataforma, que demonstram a censura a perfis conservadores. Sobre os perfis, havia tarjas, com inscrições como “lista negra de tendências (lista negra no tendências)” ou “pesquisar lista negra (lista negra da busca)”.

“Uma nova investigação do Twitter Files revela que equipes de funcionários do Twitter constroem listas negras, evitam que tuítes desfavorecidos se tornem tendências e limitam ativamente a visibilidade de contas inteiras ou até transmissão de tendências — tudo em segredo, sem informar os usuários”, escreveu Bari, ao iniciar as postagens.

“Veja, por exemplo, o Dr. Jay Bhattacharya de Stanford, que argumentou que os bloqueios da covid prejudicariam as crianças. O Twitter o colocou secretamente em uma “lista negra de tendências”, o que impediu que seus tuítes se tornassem tendências. Outro exemplo foi o de Dan Bongino, apresentador de um programa de entrevista de direita, incluído na “lista negra de buscas”.

“O grupo que decidiu limitar o alcance de determinados usuários foi o Strategic Response Team – Global Escalation Team, ou SRT-GET. Costumava lidar com até 200 ‘casos’ por dia”, escreveu Bari. Segundo ela, havia outro grupo, secreto, composto de altos dirigentes da empresa. “Esse grupo secreto incluía o chefe de jurídico, política e confiança (Vijaya Gadde), o chefe global de confiança e segurança (Yoel Roth), os CEOs subsequentes, Jack Dorsey e Parag Agrawal, e outros”.

A jornalista destacou que executivo da empresa, incluindo o esquerdista Vijaya Gadde, então chefe de política jurídica e confiança, havia negado anteriormente que a empresa tivesse adotado uma postura de censura em relação a perfis conservadores.

Bari posto um imprimir para demonstrar como a popular conta conservadora Libs do TikTok foi censurada pela plataforma. Havia, em cima da conta, uma tarja: “Não tome medidas sobre o usuário sem consultar o SIP-PES”, referindo-se à “Política de Integridade do Site, Suporte de Escalação de Política”.

É a segunda rodada de documentos que Musk — que havia prometido abrir a caixa-preta do Twitter — repassa aos jornalistas. Na semana passada, repassou informações ao jornalista Matt Taibbi, sobre a censura da plataforma a publicações relativas à reportagem do The New York Post acerca do computador portátil Hunter Biden, filho do presidente norte-americano, Joe Biden, durante a eleição presidencial de 2020, e sobre como a plataforma removeu o conteúdo a pedido do Partido Democrata.

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