‘Hoje começa a reconstrução da Argentina’, diz Milei

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O deputado liberal do partido A Liberdade Avança Javier Milei falou pela primeira vez como presidente eleito da Argentina na noite deste domingo, 19. Acompanhado da irmã Karina, ele leu o discurso da vitória. A mensagem foi recheada de comemorações, defesa da liberdade e promessa de trabalho para tentar resolver a crise socioeconômica do país.

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Tida como uma de suas mentoras na tentativa de chegar ao comando da Casa Rosada, Karina foi uma das primeiras a receberem os agradecimentos públicos por parte de Milei. O futuro presidente da Argentina também fez questão de agradecer os membros de seu partido político, os fiscais do processo eleitoral, a equipe que acompanhou desde os primeiros passos da campanha. Também foram citados o ex-presidente Mauricio Macri, a candidata derrotada Patricia Bullrich e o cientista político Santiago Caputo, seu conselheiro e definido como “grande arquiteto” de sua candidatura.

Aplaudido e ovacionado por uma multidão que acompanhava o seu primeiro discurso como presidente eleito da Argentina, Milei, é claro, agradeceu o eleitorado argentino. Na disputa no segundo turno contra o esquerdista Sergio Massa, atual ministro da Economia, o candidato liberal foi a escolha de mais de 14,4 milhões de eleitores, o que representou 55,7% dos votos válidos.

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Dirigindo-se ao público e a quem definiu como “argentinos de bem”, o agora presidente eleito da Argentina enfatizou: “É uma noite histórica para a Argentina”. Em suas palavras, Milei reforçou, mais uma vez, que os argentinos colocaram no poder alguém que se entende como liberal e libertário. “Hoje começa o fim da decadência da Argentina.”

Discurso da vitória de Milei prega enxugamento do tamanho do Estado da Argentina

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Javier Milei: um candidato liberal contra o ‘kirchnerismo’ atualmente no poder da Argentina | Foto: Reprodução/Instagram/@javiermilei

Javier Milei demonstrou ter ciência dos problemas que terá de resolver a partir de 10 de dezembro, quando tomará posse na presidência. Ele registrou a hiperinflação — que passa dos 140% ao ano —, falta da geração de emprego, insegurança e pobreza. “Dez por centos dos argentinos são indigentes”, lamentou, antes de citar o que pensa como ação para a resolução disso tudo. “Problemas que só terão solução se abraçarmos a liberdade.”

“Vamos retomar um caminho que nunca deveríamos ter saído”, disse Milei. “Iremos abraçar as ideias da liberdade.” E para chegar a isso, ele prometeu atuar para tornar um governo limitado, respeitar a propriedade privada e o comércio livre. “Chega desse modelo da casta política castigadora.”

Tendo em mente de que terá a missão de governar um país com moeda desvalorizada, com cada peso argentino valendo US$ 352,17, e com cerca de 40% da população encarando a pobreza, o presidente eleito externou a necessidade de se agir rapidamente, com a execução de reformas estruturais. Para isso, Milei enviou recado a políticos que queiram ajudar o seu governo. “Sejam bem-vindos”, afirmou. “É importante que a gente trabalhe junto a partir de 10 de dezembro.”

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“Nosso compromisso é com a democracia, o comércio livre e a paz”, declarou Milei. “Queremos trabalhar com todos representantes do mundo livre”, prosseguiu o presidente eleito. “A Argentina tem um futuro. E ele é liberal.”

Ao final de seu discurso, Milei entoou a frase que acabou por virar bordão durante a sua campanha eleitoral: “Viva la libertad, carajo!”

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