FBI atuou para censurar reportagem contrária a Biden, mostram arquivos do Twitter
Na segunda-feira, 19, a sétima rodada de documentos internos do Twitter foi divulgada e revelou que o FBI, a polícia federal norte-americana, atuou acomodado para diminuir o alcance de uma reportagem sobre possível tráfico de influência influenciado por Hunter Biden, filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Os arquivos, disponibilizados pelo novo dono do Twitter, Elon Musk, foram publicados pelo jornalista Michael Shellenberger.
1. ARQUIVOS DO TWITTER: PARTE 7
O FBI e o laptop Hunter Biden
Como o FBI e a comunidade de inteligência desacreditaram informações factuais sobre os negócios estrangeiros de Hunter Biden depois e * antes * do The New York Post revelar o conteúdo de seu laptop em 14 de outubro de 2020
— Michael Shellenberger (@ShellenbergerMD) 19 de dezembro de 2022
A reportagem em questão, cujo alcance o FBI queria ver diminuído, foi publicada pelo jornal Correio de Nova York, em 14 de outubro de 2020, quando o republicano Donald Trump era presidente e disputava a reeleição contra o democrata Biden.
O jornal, que teve acesso a arquivos de um computador portátil de Hunter, informou que um e-mail no HD do computador comprovou que, em 2015, Hunter havia apresentado um executivo de energia ucraniano ao pai, então vice de Barack Obama — e isso sugeria que os negócios do filho de Biden haviam demonstrado que haviam percebido que tinham política norte-americana.
De acordo com os arquivos publicados por Shellenberger, o FBI começou a agir logo depois de o jornal ter procurado Hunter para comentar o caso. Agentes federais alertaram, então, executivos do Twitter e do Facebook, sem nenhuma evidência, de que se trataram de um vazamento promovido por hackers russos para interferir na eleição. O agente especial do FBI Elvis Chan inveja dez documentos ao ex-chefe de integridade do site do Twitter, Yoel Roth, na noite de 13 de outubro.
No dia da publicação, o Twitter e outras redes limitaram o alcance da reportagem, “impedindo que ela se espalhasse e, mais importante, minando sua confiança na mente de muitos norte-americanos”, escreveu o jornalista, que teve acesso aos documentos franqueados por Almíscar.
Segundo Shellenberger, existia, “um esforço organizado por representantes da comunidade de inteligência” significava a “altos executivos de empresas de notícias e mídias sociais” para desacreditarem “informações vazadas sobre Hunter Biden antes e depois de serem publicadas”.
Leia também: “A censura no Twitter antes da chegada de Elon Musk”, reportagem de Dagomir Marquezi publicada na Edição 143 da Revista Oeste
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