Copel adota inteligência artificial na gestão de complexos eólicos

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A Copel Geração e Transmissão concluiu este mês a implantação do software WindFor para previsão de geração eólica. Usando inteligência artificial, a ferramenta vai indicar com antecedência de até 12 dias quanta energia poderá ser produzida pelos 264 aerogeradores que somam 590,5 MW de potência instalada nos quatro complexos que a empresa opera no Rio Grande do Norte. Essas previsões precisas e antecipadas vão ajudar no planejamento da operação para aumentar os ganhos com essa fonte e subsidiar a programação de paradas de máquinas para manutenção em períodos menos favoráveis para a geração de eletricidade. 

A novidade é parte de um plano mais amplo de gestão integrada do desempenho dos ativos de geração eólica da Companhia. O projeto vai absorver R$ 2,2 milhões em investimentos e prevê a adoção de três ferramentas independentes, mas que serão usadas de maneira integrada. A primeira é um software usado na avaliação de escoamento de vento para projetos de parques eólicos, em uso na Copel desde outubro de 2019. A segunda refere-se à recém concluída adoção do WindFor, implantado pelas empresas EMD Brasil e ENFOR. 

E a terceira ferramenta é uma plataforma online de avaliação e gerenciamento de desempenho de aerogeradores e parques eólicos em tempo real – que deve começar a ser usada para os complexos Brisa Potiguar e São Bento ainda em outubro deste ano. Os complexos Cutia e Bento Miguel serão contemplados em 2021. 

De acordo com o diretor de Operação e Manutenção da Copel GeT, Thadeu Silva, a gestão de ativos eólicos deve ser baseada em três grandes pilares: disponibilidade dos aerogeradores, disponibilidade do BoP (Balance of Plant – conjunto de redes, linhas e subestações) e taxa de conversão do recurso eólico em energia elétrica. “A tecnologia adquirida nesse projeto suportará as análises da Copel e fará com que nossos ativos possam operar sempre em seu ponto ótimo. Nossa meta é colocar nossos parques entre os melhores em termos de fator de capacidade”, afirma o diretor.

Todo esse sistema vai coletar dados diretamente dos servidores das usinas eólicas, que estarão sob monitoramento constante, gerando relatórios em tempo real. A mudança aumenta a confiabilidade e a agilidade na tomada de decisão a respeito da operação dos parques. “Com isso, eliminamos o trabalho manual e repetitivo de coleta e registro de informações em planilhas que levam dias para serem analisadas e consolidadas”, explica a gestora do contrato pela Copel, Juliana Pinheiro de Lima. “Além disso, será possível verificar se o desempenho obtido por cada um dos aerogeradores está de acordo com o que foi projetado”, completa.

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