Carga tributária dos alimentos de Natal chega a 30% dos produtos

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O final de ano está se aproximando e com isso as buscas pelos presentes de Natal e comidas festivas para compor a mesa da ocasião ficam em alta. Apesar da melhora na procura pelos itens, a margem não deu trégua em 2022 e os consumidores podem se assustar com a diferença dos preços para o ano passado.

Além disso, os tributos cobrados nestes produtos também não devem dar folga ao bolso dos brasileiros, já que alguns dos itens mais procurados para apresentar neste ano tem uma carga tributária muito elevada.

Os eletrônicos e os eletrodomésticos são os produtos que mais carregam tributos embutidos no preço final, conforme tabela do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).

O aparelho de videojogo é o item mais tributado, com carga de 72,18%, seguido do smartphone, que tem 68,76% do seu valor destinado à arrecadação pública. Já o prato principal da ceia de natal, o peru/chester/pernil tem 29,32% de tributos no seu preço final.

Não é novidade afirmar que a carga tributária brasileira é elevada, e que o sistema de participação é complexo, próximo a 33% do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos anos, cenário que, considerado a recessão, comprova o elevado fardo sobre pessoas e empresas.

“A carga tributária elevada é necessária, em função dos elevados gastos do governo, porém gera consequências negativas na atividade econômica. A carga tributária é tão pesada, que impacta não apenas as pessoas físicas, mas também as jurídicas. Do ponto de vista da comunidade, o Brasil possui a maior carga tributária do planeta, para nossa faixa de renda per capita”, explica o professor doutor em Administração e Coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), Ricardo Balistiero.

Confira a seguir a consideração de alguns itens comuns do Natal, de acordo com o Impostômetro.

Presentes de natal:

  • Bijuterias: 43,36%
  • Bolsa (geral): 39,95%
  • Bolsa de couro: 41,52%
  • Óculos de sol: 44,18%
  • Relógio: 56,14%
  • Cafeteira: 42,57%
  • Cosméticos: 55,27%
  • Perfume (produtos importados): 78,99%
  • Perfume (produtos nacionais): 69,13%

Alimentos da ceia:

  • Carne: 29,00%
  • Cebola: 15,83%
  • Farinha de trigo: 17,34%
  • Feijão: 17,24%
  • Frango: 26,80%
  • Frutas: 11,78%
  • Leite: 18,65%
  • Ovos de galinha: 20,59%
  • Peixes: 34,48%
  • Tomate: 16,84%
  • Pão francês: 16,86%
  • Cerveja (lata): 42,69%
  • Cerveja (garrafa): 42,69%
  • Champanhe: 59,49%

Com informações RPMA Comunicação e Instituto Mauá de Tecnologia

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