Annalena Baerbock, ministra do Exterior da Alemanha, condenou a execução do iraniano Mohsen Shekari, 23 anos. Ele foi morto pelo governo do Irã na quarta-feira, 8, por ter participado de protestos contra a ditadura no país.
De acordo com a ministra da Alemanha, a execução mostra o “desprezo sem limites pelos seres humanos” do regime iraniano. Na opinião dela, “o exemplo cruel” ocorreu na esteira de um “julgamento pérfido e sumário”.
Condenado por “moharebeh” — “guerra contra Deus” — Shekari foi o primeiro prisioneiro morto em razão dos protestos realizados em Teerã, capital do país, em setembro. O judiciário iraniano acusou o rapaz de bloquear uma rua na cidade e ferir com uma faca um membro do Basij, uma força paramilitar ligada ao Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã. De acordo com o site Deutsche Welleoutros 12 municípios estão no corredor da morte pelo mesmo motivo.
Além do governo da Alemanha, a União Europeia (UE) também regiu a execução do iraniano. Um porta-voz em Bruxelas afirmou que o bloco condena a execução nos termos mais fortes possíveis.
Diplomatas europeus disseram que a UE vai importar mais com o Irã pelo fornecimento de drones à Rússia e pela repressão aos protestos. A decisão deve ser assinada formalmente pelos ministros do Exterior dos países-membros do bloco em Bruxelas, na segunda-feira, 12.
O Reino Unido também anunciou apoio contra 30 alvos, incluindo autoridades iranianas acusadas de aplicar “sentenças flagrantes” contra os manifestantes. E o Canadá fez o mesmo a 22 altos membros do Judiciário, do sistema prisional e da polícia do Irã, bem como aos principais assessores do líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei.